Imigrantes saem de grandes centros, como Lisboa e Porto, devido a um preço mais baixo para comprar ou alugar imóveis
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O preço recorde dos imóveis em Portugal, com aumentos significativos tanto para compra quanto para aluguel, fez com que os imigrantes brasileiros procurassem cidades pequenas ou no interior do país, onde ainda há mais opções em conta.
O pequeno tamanho do território português — quase do tamanho de Pernambuco — combinado com uma boa infraestrutura rodoviária e de fibra óptica, que abrange mais de 87% dos domicílios, permite que os profissionais trabalhem longe dos centros sem grandes dificuldades adicionais.
A mudança para cidades menores é uma tendência da última onda de imigração brasileira, segundo ONGs que prestam assistência à comunidade em Portugal.
Dados do Instituto Nacional de Estatística mostram um aumento nos preços dos imóveis em todo o país. Comprar uma casa agora custa em média 50% mais do que há cinco anos.
Em busca de uma vida mais tranquila, combinada a um custo menor do que nas grandes cidades, a administradora carioca Karina Ricardi mudou-se com a família em maio de 2018 para a pequena Oliveira de Azeméis.
“No Rio, eu era obrigada a pegar duas horas de engarrafamento todos os dias. Eu estava morrendo de medo de ser assaltada. Agora estamos em um lugar seguro, trabalhamos em casa, e meus filhos vai para uma escola próxima. Conseguimos a paz de espírito que estávamos procurando”, diz ela.
Empresas de realocação e assessorias de imigração também identificaram o movimento e começaram a expandir seus portfólios, incluindo muitas ofertas fora das opções tradicionais concentradas em Lisboa e no Porto.
Em 2021, o número de brasileiros em Portugal atingiu o recorde da série histórica, com a marca de 209.072 pessoas residindo legalmente no país.
