Acabou! O fim das Manifestações de Interesse.

Segundo o site Notícias Ao Minuto, O Plano para as migrações foi aprovado em Conselho de Ministros na manhã da segunda-feira (03/06/2024) através do Decreto-Lei 37-A/2024.

O Governo apresentou esta segunda-feira, o seu plano para as migrações, marcado por regras mais apertadas no setor, a atração de quadros qualificados e um tratamento diferenciado para pessoas oriundas de países lusófonos.

O plano foi aprovado em Conselho de Ministros e a sua apresentação está a cargo do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Recorde-se que, em outubro de 2023, o SEF e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) foram extintos, dando lugar à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

O Governo apresentou um plano para as migrações com 41 medidas.

“O Conselho de Ministros aprovou esta segunda-feira o Plano de Ação para as Migrações, que visa corrigir os graves problemas nas regras de entrada em Portugal, resolver a incapacidade operacional da AIMA e assegurar a operacionalidade dos sistemas de controlo das fronteiras”, escreveu o Governo no comunicado. As 41 medidas aprovadas em Conselho de Ministros foram as seguintes:

  1. Extinguir o procedimento de Manifestações de Interesse
  2. Reforçar a capacidade de resposta e processamento nos Postos Consulares
  3. Priorizar canais de entrada para reagrupamento familiar, jovens estudantes e profissionais qualificados
  4. Criar Estrutura de Missão para resolver os +400 mil processos pendentes 
  5. Intervir de forma urgente nas infraestruturas, sistemas informáticos e bases de dados do controlo de fronteiras existentes
  6. Recuperar o atraso na implementação dos novos sistemas de controlo de fronteiras
  7. Mitigar os elevados níveis de congestionamento e atrasos que se verificam nos postos de fronteiras dos aeroportos de Lisboa e Faro
  8. Reforçar o enquadramento operacional do Acordo de Mobilidade CPLP
  9. Confirmar e executar os compromissos de reinstalação e recolocação de beneficiários e requerentes de proteção internacional
  10. Desenvolver e executar o Plano Nacional para a Implementação do Pacto para as Migrações e Asilo da União Europeia
  11. Aumentar a capacidade dos Espaços Equiparados a Centros de Instalação Temporária (EECITs)
  12. Construir novos Centros de Instalação Temporária (CIT), assegurando o apoio jurídico e da sociedade civil
  13. Instituir mecanismos de celeridade processual a aplicar nos processos de recursos judiciais, em sede de imigração e asilo
  14. Garantir a eficiência e eficácia do sistema de retorno, unificando estas competências nas forças policiais
  15. Criar uma equipa multi-forças de fiscalização para combater abusos (tráfico seres humanos, imigração ilegal, exploração laboral e violação de direitos humanos)
  16. Auditar os processos de avaliação linguística para a obtenção de nacionalidade portuguesa
  17. Instituir um sistema de atração de capital humano alinhado com as necessidades do país
  18. Melhorar o processo de reconhecimento de qualificações e competências
  19. Promover a formação profissional e capacitação de cidadãos estrangeiros
  20. Realizar um Levantamento de Necessidades Laborais, alinhando a oferta e a procura de trabalhadores estrangeiros e o seu acolhimento programado
  21. Promover a atração e frequência de alunos estrangeiros nas Instituições de Ensino Superior portuguesas
  22. Aumentar as vagas para requerentes de asilo e refugiados nos centros de acolhimento
  23. Aumentar a capacidade das Unidades Residenciais especializadas para acolhimento de emergência de menores não acompanhados
  24. Aumentar a capacidade de alojamento temporário e urgente para imigrantes, refugiados e beneficiários de proteção internacional
  25. Promover a integração profissional de imigrantes no mercado de trabalho nacional
  26. Criar Centros de Acolhimento Municipal/Intermunicipal de Emergência para imigrantes, em cooperação com os Municípios
  27. Implementar projetos de integração em bairros muito críticos sob coordenação municipal
  28. Reforçar oferta, cobertura e frequência do ensino do Português Língua Não Materna (PLNM)
  29. Disponibilizar materiais e orientações multilíngues, incluindo em português funcional
  30. Simplificar o processo de concessão de equivalências no ensino básico
  31. Promover e gerir o acesso dos imigrantes ao Serviço Nacional de Saúde
  32. Criar instrumentos de canalização de capital privado para investimento social em projetos de integração de imigrantes
  33. Criar a Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP
  34. Restruturação das competências e organização interna da AIMA
  35. Reforçar os recursos humanos e tecnológicos da AIMA, criando um incentivo à produtividade e desempenho
  36. Transferir a competência de atendimento presencial dos pedidos de renovação de autorização de residência do IRN para a AIMA
  37. Alargamento do serviço presencial disponível para o cidadão imigrante pedir os seus identificadores setoriais (NIF, NISS, NNU)
  38. Restituir o Observatório das Migrações enquanto organismo do Estado para informar política pública
  39. Redefinir e autonomizar o Conselho para as Migrações e Asilo, enquanto órgão consultivo do Governo
  40. Reforçar o apoio financeiro às associações de imigrantes e da sociedade civil que operam no setor
  41. Fortalecer as respostas de proximidade através dos Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes

Fonte: www.noticiasaominuto.pt

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