O badalado cassino que já foi ponto de encontro de espiões durante a 2ª Guerra Mundial, quando Portugal se manteve neutro no conflito, as instalações imponentes do Cassino do Estoril são até hoje uma das grandes atrações da região de Cascais. Em tempos de distanciamento social por conta do novo coronavírus, o Estoril, assim como tantos outros, tenta se reinventar.
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Poker, roletas, máquinas de caça-níquel: tudo continua funcionando, mas a regra agora é impedir aglomerações. Ou seja: a tradicional roda de curiosos que normalmente cerca os jogadores –especialmente quando as apostas estão altas– já não não pode acontecer.
“Fica um pouco menos animado, mas, neste momento, a segurança é o mais importante. Não tem aquele brilho, mas sentimos que as pessoas estão seguras”, explica o administrador executivo do espaço, António Vieira Coelho.
Após quase três meses com o cassino fechado, muitos jogadores já sentiam falta do espaço. A reabertura teve fila na porta e intensa cobertura midiática.
Para atrair de volta os jogadores em um momento em que a Covid-19 ainda não está totalmente sob controle em Portugal, especialmente na região de Lisboa, o Estoril tenta passar a mensagem de um alto investimento em medidas de higiene e distanciamento.
Para entrar no cassino, que é o maior da Europa em área, é obrigatório o uso de máscara. Ainda na porta, os visitantes têm a temperatura corporal medida e só é autorizado quem estiver abaixo de 37,2ºC.
A lotação foi reduzida para menos da metade: 1.200 pessoas simultaneamente.
Para evitar que as pessoas fiquem perto umas das outras, o setor de máquinas (slot machines) foi reformulado e vários equipamentos estão desligados. Agora, os equipamentos em funcionamento são intercalados com outros desligados.
Por todo o chão do cassino, setas indicam o sentido de circulação: uma maneira de evitar que os frequentadores se cruzem durante a passagem.