In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n
Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n
Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n
In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n
Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Retorno do futebol em Portugal em risco, ap\u00f3s confirma\u00e7\u00e3o de jogadores com covid-19<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Benfica encaminha a compra do lateral-direito Gilberto do Fluminense<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Retorno do futebol em Portugal em risco, ap\u00f3s confirma\u00e7\u00e3o de jogadores com covid-19<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Fases finais da Liga dos Campe\u00f5es ser\u00e3o em Lisboa, diz jornal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Benfica encaminha a compra do lateral-direito Gilberto do Fluminense<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Retorno do futebol em Portugal em risco, ap\u00f3s confirma\u00e7\u00e3o de jogadores com covid-19<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Fases finais da Liga dos Campe\u00f5es ser\u00e3o em Lisboa, diz jornal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Benfica encaminha a compra do lateral-direito Gilberto do Fluminense<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Retorno do futebol em Portugal em risco, ap\u00f3s confirma\u00e7\u00e3o de jogadores com covid-19<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Fases finais da Liga dos Campe\u00f5es ser\u00e3o em Lisboa, diz jornal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Benfica encaminha a compra do lateral-direito Gilberto do Fluminense<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Retorno do futebol em Portugal em risco, ap\u00f3s confirma\u00e7\u00e3o de jogadores com covid-19<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n No Benfica desde janeiro de 2019, a jovem de 20 anos brilha nos campos desde crian\u00e7a, quando tinha apenas cinco anos. A trajet\u00f3ria vitoriosa no esporte faz com que ela sonhe com uma convoca\u00e7\u00e3o para os Jogos Ol\u00edmpicos do Jap\u00e3o, marcados para 2021. \"\u00c9 um dos meus objetivos, um dos meus sonhos. <\/p>\n\n\n\n Jogar uma Olimp\u00edada, jogar um Mundial, ganhar os dois. Esses s\u00e3o os meus sonhos\", disse a camisa 10 do Benfica durante entrevista.<\/p>\n\n\n\n O destaque no Benfica e o sonho de atuar na Olimp\u00edada de 2021 parecem metas distantes, mas n\u00e3o s\u00e3o nem de longe o maior desafio da carreira. A atleta relatou a sua hist\u00f3ria, desde os tempos de escolinha, quando foi recusada em um dos clubes de cora\u00e7\u00e3o at\u00e9 ent\u00e3o \u2014 Uni\u00e3o Rondon\u00f3polis \u2014, passando pela equipe masculina na base do REC (Rondon\u00f3polis Esporte Clube) por n\u00e3o ter uma categoria feminina e at\u00e9 a chegada ao futebol europeu.<\/p>\n\n\n\n \"Torcia para o Uni\u00e3o de Rondon\u00f3polis, torcedora roxa. S\u00f3 que eles n\u00e3o me aceitaram na escolinha. Minha m\u00e3e me levou para o REC. L\u00e1, eu encontrei o M\u00e1rcio [Schmidt, atual empres\u00e1rio]. Acabei indo para um lugar que era melhor para mim, com profissionais capacitados. Eu s\u00f3 queria jogar bola. Com dez, onze anos, chegou a fase de dividir escolinha e base. Eles n\u00e3o costumavam trabalhar com meninas, naquela \u00e9poca era ainda mais dif\u00edcil. Eu fui para a base e joguei na base de um time masculino. N\u00e3o sabia o qu\u00e3o era in\u00e9dito aquilo. Fiquei at\u00e9 os 16, quase 17\", contou.<\/p>\n\n\n\n \"Estava na base, jogando com os meninos e chegava a uma idade que n\u00e3o dava para continuar. Eu ficava me perguntando quando eu iria jogar com outras mulheres. A gente soube identificar para fazer um teste no Corinthians\/Audax. Entramos em contato com o Arthur Elias, treinador do Corinthians, e ficou decidido que eu faria uma semana de avalia\u00e7\u00e3o. Fui para l\u00e1, fiquei por uma semana, fui bem nos treinos, eles gostaram, viram algu\u00e9m com potencial para evoluir e foi quando a gente acertou que eu ficaria. Com tempo, com trabalho e oportunidades, peguei a confian\u00e7a das colegas, acabei me firmando e tendo uma hist\u00f3ria muito bonita e vitoriosa\", acrescentou.<\/p>\n\n\n\n E as conquistas se tornaram frequentes na vida de Ana Vit\u00f3ria. Em 2017, venceu a Copa Libertadores pelo Corinthians, o outro clube do cora\u00e7\u00e3o. Na mesma equipe, faturou o Brasileir\u00e3o de 2018. O sucesso a levou para a Europa. O Benfica decidiu apostar na jovem meio-campista que surgia como um dos destaques do vitorioso Tim\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \"A conversa com o Benfica come\u00e7ou em 2017. Eu estava na sele\u00e7\u00e3o sub-20, no Corinthians e, quando acabou o ano, eu vim conhecer o projeto deles. Eu vim aqui em Portugal. Encaminhamos uma poss\u00edvel vinda, que s\u00f3 se definiu no final do ano. N\u00e3o foi uma escolha s\u00f3 minha, foi orientada pelos meus pais, pelo M\u00e1rcio [Schmidt, empres\u00e1rio]. Chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que estava na hora de mudar para um novo desafio. Conheci o Benfica em 2014, j\u00e1 tinha uma paix\u00e3o pelo clube. Quando vim por \u00faltimo, em 2018, eu realmente fiquei empolgada com a possibilidade e decidimos que era o momento. Cheguei aqui no in\u00edcio de 2019, depois de concluir o ano com o Corinthians na segunda parte da temporada\", relatou.<\/p>\n\n\n\n Em seis meses no novo clube, Ana Vit\u00f3ria j\u00e1 se sagrou campe\u00e3o da Ta\u00e7a de Portugal. Na temporada seguinte, ajudou o time a lutar pelos principais t\u00edtulos, mas teve que interromper o trabalho por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus. A expectativa era que o bom futebol a levasse para a sele\u00e7\u00e3o brasileira, que disputaria os Jogos Ol\u00edmpicos em 2020. Contudo, ainda n\u00e3o houve contato para lev\u00e1-la novamente \u00e0 equipe nacional, hoje comandada pela sueca Pia Sundhage.<\/p>\n\n\n\n \"Recentemente, n\u00e3o teve nenhuma conversa, n\u00e3o sei o que eles [da sele\u00e7\u00e3o brasileira] pensam. Parece conversa de jogador em final de jogo, realmente tive algumas sondagens, mas n\u00e3o cheguei a ter as oportunidades, porque n\u00e3o era o tempo certo. Tive sondagens com a Emily Lima, com o Vad\u00e3o, nosso querido Vad\u00e3o, mas nenhuma acabou se concretizando. Isso tem algum tempo, quando estava no Corinthians, em 2017, no Campeonato Brasileiro. Ali surgiu uma oportunidade para convoca\u00e7\u00e3o, mas machuquei o tornozelo, depois a coxa e, na sequ\u00eancia, teve a Libertadores\", comentou.<\/p>\n\n\n\n \"Eu cheguei a ser procurada, comunicada e n\u00e3o sei o que aconteceu que n\u00e3o ocorreu a convoca\u00e7\u00e3o. Agora, para os Jogos Ol\u00edmpicos, fico com uma expectativa, um motivo a mais para trabalhar. Fico com essa motiva\u00e7\u00e3o\", completou.<\/p>\n\n\n\n Hoje em alta no esporte, Ana Vit\u00f3ria \u00e9 apontada como uma poss\u00edvel sucessora da Rainha Marta. Quatorze anos mais nova que a craque, ela v\u00ea a camisa 10 da sele\u00e7\u00e3o brasileira como seu grande \u00eddolo no esporte.<\/p>\n\n\n\n \"Eu j\u00e1 sonhava em jogar futebol com cinco anos. Eu gostava da Marta, que era a \u00fanica falada mesmo. Eu gostava de assistir, gostava de assistir ao Corinthians\", concluiu.<\/p>\n\n\n\n Confira outros pontos do bate-papo de Ana Vit\u00f3ria com o UOL Esporte:<\/p>\n\n\n\n Rela\u00e7\u00e3o com o futebol: \"Nem eu sei te dizer. Desde que me entendo por gente, n\u00e3o lembro de uma fase da vida que n\u00e3o gostasse de futebol. N\u00e3o houve algum momento da vida em que n\u00e3o gostasse de futebol. Sempre que me lembro e paro para lembrar do passado, eu pedia uma bola de anivers\u00e1rio e n\u00e3o uma boneca. Eu tenho dois irm\u00e3os, um deles \u00e9 da minha idade e jogava comigo. N\u00e3o tenho nenhum hist\u00f3rico da fam\u00edlia de jogador, mas n\u00e3o sei de onde veio esse gosto. Com cinco, seis anos, entrei na minha primeira escolinha de futebol. Eu entrei para brincar, usar a piscina\u2026 O meu pai me matriculou \u00e0 \u00e9poca. Com sete, oito anos, cheguei ao REC\".<\/p>\n\n\n\n Preconceito no futebol masculino: \"Das pessoas que trabalharam comigo, n\u00e3o. Eu sempre me senti muito acolhida, tanto pelos atletas quanto pelos profissionais. Eles sempre me trataram como igual. \u00c0s vezes, eu ouvia algumas coisinhas aqui e ali, mas eram sempre pessoas de fora. As pessoas n\u00e3o tinham no\u00e7\u00e3o da realidade de como eu trabalhava, como eu pensava. Mas eu nunca liguei para isso n\u00e3o, o \u00fanico epis\u00f3dio de preconceito que aponto foi quando n\u00e3o me deixaram participar de uma competi\u00e7\u00e3o por ser mulher. O regulamento da competi\u00e7\u00e3o dizia que 'o time que usar meninas ser\u00e1 punido com a perda de todos os pontos da competi\u00e7\u00e3o'. Naquela confer\u00eancia antes de come\u00e7ar a competi\u00e7\u00e3o, eu fui nela com meu pai. E ele pediu, fez um \u00faltimo apelo para que me permitissem jogar bola. Usaram argumentos machistas, nem sei me expressar. \u00c9 bem feio, nem tenho coragem de repetir os argumentos deles. \u00c9 baixo, um pouco sem escr\u00fapulos\".<\/p>\n\n\n\n In\u00edcio no futebol: \"Eu comecei como lateral direita na minha primeira escolinha. A\u00ed o professor me colocou como lateral e fiquei como lateral, era uma boa lateral. Quando eu fui para a sele\u00e7\u00e3o em 2013, no feminino, era complicado. Ou voc\u00ea tinha algum destaque, ou voc\u00ea n\u00e3o sabia se daria para sobreviver daquilo. Foi quando eu mudei de posi\u00e7\u00e3o. O M\u00e1rcio ficou insistindo, falando para eu mudar para uma posi\u00e7\u00e3o que eu participasse mais do jogo. A gente fez experi\u00eancia e eu me adaptei bem. Eu sabia as fun\u00e7\u00f5es que tinha que exercer. Eu acabei jogando como meia por dentro e de extremo [ponta]. Foi ali em 2013, 2014 que as coisas mudaram e foram se consolidando\".<\/p>\n\n\n\n Recep\u00e7\u00e3o no Benfica: \"O Rui Costa \u00e9 um grande \u00eddolo do Benfica. Quando eu vim conhecer o projeto, em fevereiro de 2018, eu fui l\u00e1 no Seixal e ele me recebeu com uma camisa com meu nome, a 10, entregue pelo Rui Costa. Eu tenho ela guardada a sete chaves, ningu\u00e9m trisca. Vieram meu pai e o M\u00e1rcio para a apresenta\u00e7\u00e3o. Coincidiu da \u00e1guia chamar Vit\u00f3ria. Vem tudo dando certo, todos os t\u00edtulos que a gente disputou a gente conquistou. Foi muito bacana a cena no Est\u00e1dio da Luz, a presen\u00e7a da \u00c1guia. Quando eu vim em 2014 e fiz o tour pelo est\u00e1dio, eles mostraram v\u00eddeos, falaram da \u00e1guia. Eu fiquei deslumbrada com aquilo. Eu falei: 'queria ver um jogo com a \u00e1guia voando'. Quando soube que o nome da \u00e1guia \u00e9 Vit\u00f3ria, eu fiquei muito feliz, muito contente\".<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Elvas, um dos mais incr\u00edves destinos em Portugal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Portugal quer desmistificar imigra\u00e7\u00e3o, combatendo mitos e fake news<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Elvas, um dos mais incr\u00edves destinos em Portugal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Milion\u00e1rios gastam fortunas para obter cidadania e fugir das restri\u00e7\u00f5es de viagem durante a pandemia<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Portugal quer desmistificar imigra\u00e7\u00e3o, combatendo mitos e fake news<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Elvas, um dos mais incr\u00edves destinos em Portugal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Milion\u00e1rios gastam fortunas para obter cidadania e fugir das restri\u00e7\u00f5es de viagem durante a pandemia<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Portugal quer desmistificar imigra\u00e7\u00e3o, combatendo mitos e fake news<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Elvas, um dos mais incr\u00edves destinos em Portugal<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, \u00e9 alvo da indigna\u00e7\u00e3o dos m\u00e9dicos de seu pa\u00eds ap\u00f3s chamar de \"covardes\" os profissionais que foram enviados para uma casa de sa\u00fade onde a Covid-19 causou a morte de 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n \"O presidente da ARS (Autoridade Regional de Sa\u00fade) enviou os m\u00e9dicos para que fizessem o que tinham que fazer. E os meninos, covardes, n\u00e3o fizeram nada\". Desde o fim de semana, as declara\u00e7\u00f5es pol\u00eamicas do primeiro-ministro circulam nas redes sociais em um v\u00eddeo de apenas sete segundos de dura\u00e7\u00e3o. \"Privadas ou p\u00fablicas, essas declara\u00e7\u00f5es refletem um estado de esp\u00edrito ofensivo para os m\u00e9dicos\", disse em comunicado a Ordem de M\u00e9dicos, que imediatamente solicitou uma reuni\u00e3o urgente com Costa, prevista para esta manh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n \"Apesar da falta de recursos, os m\u00e9dicos nunca se negaram a cooperar e inclusive continuam atendendo os pacientes idosos\", disse a Ordem, que rejeita as acusa\u00e7\u00f5es do chefe de governo.<\/p>\n\n\n\n Na entrevista ao Expresso, Costa foi questionado sobre as disfun\u00e7\u00f5es em um lar de idosos em Reguengos de Monsaraz (sul do pa\u00eds), onde morreram 18 pessoas.<\/p>\n\n\n\n Reconhecendo as car\u00eancias, o primeiro-ministro destacou que se tratava de uma entidade privada e afirmou que o Estado \"reagiu imediatamente\" para ajudar os pacientes, uma vez alertado pelos funcion\u00e1rios do local j\u00e1 que, estando eles pr\u00f3prios infectados, nada podiam fazer.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Milion\u00e1rios gastam fortunas para obter cidadania e fugir das restri\u00e7\u00f5es de viagem durante a pandemia<\/strong><\/a><\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M: Portugal quer desmistificar imigra\u00e7\u00e3o, combatendo mitos e fake news<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n
(Imagem: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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(Imagem: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\nEleita seis vezes a melhor do mundo, Marta \u00e9 unanimidade na sele\u00e7\u00e3o brasileira desde 2002. O temor pela aposentadoria da craque pode ser suprido com o surgimento de uma promessa que desponta como a sua poss\u00edvel sucessora: Ana Vit\u00f3ria. <\/h4>\n\n\n\n
(Imagem: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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Eleita seis vezes a melhor do mundo, Marta \u00e9 unanimidade na sele\u00e7\u00e3o brasileira desde 2002. O temor pela aposentadoria da craque pode ser suprido com o surgimento de uma promessa que desponta como a sua poss\u00edvel sucessora: Ana Vit\u00f3ria. <\/h4>\n\n\n\n
(Imagem: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
(Imagem: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\nA conversa, 'off the record' (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal 'Expresso', publicada no s\u00e1bado.<\/h4>\n\n\n\n
Esta conversa, \"off the record\" (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal \"Expresso\", publicada no s\u00e1bado.<\/p>\n\n\n\n<\/a><\/figure>\n\n\n\n
A conversa, 'off the record' (ou seja, que, em teoria, n\u00e3o seria registrada), foi gravada no final de uma entrevista de Costa ao jornal 'Expresso', publicada no s\u00e1bado.<\/h4>\n\n\n\n