Cauã Reymond foi a Portugal para produzir e rodar o filme sobre Dom Pedro I
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O filme “A Viagem de Pedro”, da cineasta brasileira Laís Bodansky, já está em cartaz em 18 cinemas em Portugal. Aos 52 anos, o cineasta brasileiro já dirigiu “Bicho de Sete Cabeças”, 2001, “Chega de Saudade”, 2007, e “As Melhores Coisas do Mundo”, 2010.
O novo longa é produzido e estrelado pelo galã Cauã Raymond, que interpreta Dom Pedro 1º durante a viagem entre Rio e Lisboa — onde o monarca, depois de anos como imperador do Brasil, voltou a brigar com o irmão Miguel pelo trono. Português.
O ano era 1831, o Brasil era independente e Pedro vivia o pior momento de sua vida. Ele foi esnobado pelos brasileiros e considerado um traidor por seus conterrâneos. No meio do Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa, membros da Corte, oficiais, servos e escravos misturavam-se em direção a um futuro incerto. Ele sofria de uma doença (provavelmente sífilis) que o deixou sexualmente impotente. No filme, entre delírio e lucidez, ele revive momentos do auge da monarquia e dos romances que teve, e fala sobre sua própria vida de apátrida. Em algumas cenas, Cauã Raymond aparece nu.
Em abril, o filme foi exibido no final da cerimônia de premiação do festival Indie Lisboa — quando, em meio a gritos de “Fora Bolsonaro”, Bodansky subiu ao palco segurando uma camiseta vermelha estampada com o rosto do candidato presidencial do PT, Lula. .
No dia seguinte, num café em frente à estátua de Dom Pedro 1º na Praça do Rossio, em Lisboa, falámos sobre a nudez de Cauã, a fronteira entre ficção e não ficção no registo histórico, a experiência de filmar na Europa e as perspectivas para o Brasil. No primeiro fim de semana de exibição, o filme contou com 687 pessoas, segundo o Instituto do Cinema e Audiovisual de Portugal. No Brasil o filme está previsto para ser lançado no final do ano.
