A escalada dos valores das rendas está a repelir os nómadas digitais de Lisboa. A capital portuguesa, que antes liderava, foi agora suplantada pelo Dubai, escolhido como o destino ideal pelos nómadas digitais executivos. No ano passado, Lisboa conquistou o primeiro lugar no ranking das 15 cidades e regiões avaliadas pela consultora Savills, mas neste ano caiu para a quinta posição na lista de 20 cidades, atrás do Dubai, Málaga, Miami e Abu Dhabi.
A subida exponencial dos preços nas habitações premium é o fator determinante na decisão dos nómadas digitais quanto ao próximo destino. Segundo a Savills, o aumento das rendas impactou negativamente Lisboa, levando à sua queda no ranking. O Algarve, que no ano passado se encontrava na quarta posição como preferência dos nómadas digitais, caiu para a nona posição em 2023.
Na avaliação dos nómadas digitais, são considerados critérios como a velocidade da internet, qualidade de vida, clima, acessibilidade aérea e custos de arrendamento. O rápido desenvolvimento das empresas de fintech e tecnologia no Dubai tem atraído trabalhadores remotos, que, após serem afetados por despedimentos e lay-offs na área tecnológica, procuram novas oportunidades num país com mais de 240 destinos acessíveis através de ligações aéreas.
Málaga surpreendeu este ano ao ocupar a segunda posição no ranking, após o anúncio da Google de abrir um centro global de cibersegurança na cidade espanhola. Logo a seguir, Miami ganha destaque como uma escolha popular devido ao clima ameno, praias e carga fiscal reduzida, embora nómadas digitais com famílias enfrentem desafios na competição por escolas para os seus filhos na cidade da Flórida, alerta a Savills.
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