Portugal teve recorde de mortes pelo segundo dia seguido e escolas devem voltar a ser fechadas. Alemanha e Escócia estenderam o prazo de confinamento e toda a Europa segue em alerta, com países registrando alta na taxa de infecção pelo novo coronavírus.
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Depois que o Brasil se tornou notícia no mundo inteiro por conta da crise da falta de oxigênio no Amazonas, agora Portugal já começou a emitir sinais de alerta que o gás também está perto do fim por lá. O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denunciou na terça-feira (19) que existem vários hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo que estão atualmente em situação crítica, sendo incapazes de assegurar a qualidade do atendimento dos doentes de Covid.
“A falta de meios humanos, de camas e até de oxigênio tem levado ao acúmulo dos doentes em macas, deixas na porta dos hospitais e nas ambulâncias. Temos conhecimento de que vários hospitais não conseguem fornecer oxigênio com a adequada pressão aos doentes, problema que tende a agravar-se nos próximos dias. Devido à falta de meios, em várias unidades, os critérios para atendimento e internamento tornaram-se mais restritivos, deixando de fora muitos doentes com dificuldade respiratória e com estados clínicos potencialmente em agravamento”, afirmou a nota oficial enviada à imprensa.
As salas de aulas em Portugal deverão voltar a ser fechadas nesta sexta-feira, devido ao forte agravamento da pandemia, sobretudo pelo impacto da variante britânica do SARS-CoV-2, que o primeiro-ministro já tinha mostrado recear devido à anunciada maior propagação entre os jovens.
O país europeu tem vivido seu pior momento desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado, e os casos de infecção têm sido cada vez maiores a cada dia. De acordo com o site TVi24, há faltam de insumos e profissionais da saúde em alguns hospitais do país e os que já estão na linha de frente estão sobrecarregados de trabalho.
“A falta de camas para suprir ao grande número de urgências tem tido como resultado o acúmulo de doentes em macas, e até em cadeirões, em condições pouco dignas e que dificultam o trabalho dos profissionais de saúde, e que não garantem o distanciamento necessário para evitar mais contágios”, explicou o sindicato.
No dia 13 de janeiro, o governo de Portugal decretou o segundo lockdown para conter o aumento do número de casos do coronavírus no país. O comércio e os serviços não essenciais estão fechados e devem continuar assim até o fim de janeiro, quando a norma deve passar por uma reavaliação. A ordem é que todos voltem a trabalhar em sistema home office, tal como aconteceu em março e abril do ano passado.
O país lusitano tem batido recordes do número de casos diariamente e, ao todo, o país já registrou mais de 581 mil casos desde o início da pandemia e 9.465 mortos.