Quase cinco mil estrangeiros foram impedidos de entrar em Portugal no ano passado, um aumento 32,9% em relação a 2018. A maioria das recusas incidiram sobre brasileiros, revelou o relatório do SEF, publicado nesta terça-feira.
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O relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA), apresentado esta terça-feira na cerimónia comemorativa do 44.º aniversário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mostra que se registou um aumento de 32,9% do número de recusas de entrada em Portugal, aos estrangeiros que não reuniam as condições legalmente previstas, para a sua admissão no país.
Segundo o SEF, a maioria das recusas de entrada em Portugal ocorreu nos postos de fronteira aérea, nomeadamente no aeroporto de Lisboa, onde se registaram 4.823 recusas de entrada (96,6%).
O relatório afirma que cerca de 79,4% das recusas de entrada, vem de cidadãos brasileiros (3.965), seguido de Angola (202), Guiné-Bissau (72) e Senegal (54).
O SEF explica que as principais razões para a recusa da entrada em Portugal são a ausência de um visto adequado ou visto caducado e a falta de um motivo que justifique a entrada no país.
O relatório afirma também que o SEF registou um aumento de 14% em 2019 na deteção de fraude documental, comaprado a 2018, totalizando 686 documentos de identidade, viagem e residência fraudulentos.
Segundo o SEF, o tipo de documento mais utilizado de forma fraudulenta foi o passaporte comum (402), registando um aumento de 8,4%, seguido das carteiras de Identidade (156) e Títulos de Residência (75).