Por Rodrigo Lois.
Zagueiro do FC Porto é uma das apostas para a defesa no novo ciclo da seleção brasileira, que começa em setembro. Defensor apresenta ótima regularidade pelo time português.
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A seleção brasileira começa agora em setembro um novo ciclo, a partir dos amistosos contra Estados Unidos (6/9) e El Salvador (11/9). Para esses compromissos, o técnico Tite convocou 11 “novidades”, que não estiveram na última Copa do Mundo. Entre esses nomes está o zagueiro Felipe, do FC Porto. Ele é um dos candidatos para o processo de renovação da defesa. O objetivo é claro: chegar para ficar.
– Todos que estão na Seleção têm capacidade de estar no grupo e corresponder. É isso que espero fazer. Venho trabalhando muito forte nos últimos anos para ter novamente essa chance e espero aproveitá-la, seja nos treinos ou nos jogos. Cada segundo será muito importante – afirmou Felipe, em entrevista ao Globoesporte.com, por e-mail.
“Estamos em um novo ciclo pós Copa, então muitos vão buscar espaço para poder provar que podem estar no grupo. Eu não serei diferente e espero mostrar que posso me manter no futuro”
Na realidade, Felipe não é uma novidade para Tite. Os dois trabalharam juntos no Corinthians, entre 2012 e 2013, e depois entre 2015 e meados de 2016. O melhor ano para o defensor foi 2015, quando foi titular da zaga e fundamental para a conquista do Brasileirão.
Agora com 29 anos, o zagueiro está no início de sua terceira temporada pelo FC Porto. A regularidade dele pelo clube português impressiona. No primeiro ano, 2016/2017, Felipe disputou 45 jogos e marcou três gols. Esteve em campo por 4080 minutos – média de mais de 90 minutos por jogo. No segundo, 2017/2018, foram 44 partidas, 4 gols e 3938 minutos (média de 89,5). Agora em 2018/2019, foram quatro jogos, sem sair um minuto sequer. Desde que chegou, só ficou fora quatro vezes.
– Acredito que esteja mais maduro, com mais situações vividas. Foi muito importante chegar ao FC Porto e logo poder ter uma sequência, enfrentar grandes desafios. Nunca deixei de treinar forte a cada dia. Todos sabem que comecei tarde profissionalmente no futebol, mas ao longos dos anos pude aprender, trabalhar, trabalhar e trabalhar, para poder estar sempre melhorando – disse, ao considerar este o melhor momento da carreira.
Essa não foi a sua primeira convocação. Antes, em março de 2016, Dunga tinha te chamado para o jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias. O que mudou no Felipe nesse período?
– Naquela época, eu estava no Corinthians, com uma boa sequência como titular desde o início de 2015. Também era um bom momento, vindo de título brasileiro, mas era mais jovem. Agora, já estou na minha terceira temporada na Europa, em um clube grande como o FC Porto, com conquistas individuais e coletivas… Acho que pude viver mais situações, aprender diferentes sistemas de jogo, vivenciar jogos grandes, clássicos, Liga dos Campeões. Tudo isso ajuda no amadurecimento e experiência.
Esse é o início da sua terceira temporada no Porto. Desde que chegou ao futebol europeu, no que acha que mais evoluiu? Um determinado aspecto tático? Algo técnico? O físico?
– Na Europa, o jogador pode evoluir em diversos aspectos. Pude aprender mais da parte tática e técnica com meus treinadores e companheiros. Desde que cheguei, ganhei massa muscular, o que mudou minha estrutura corporal e também tive de me adaptar a isso. A experiência de um novo clube, novo ambiente, nova cultura, também agrega muito.