A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, explica a retomada das atividades e relata o temor de uma segunda onda da doença no país.
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Pequenos passos e avaliação constante. Foi desta forma que Portugal começou, ontem, a flexibilizar algumas medidas de isolamento social. Dois meses depois do surgimento do primeiro caso de coronavírus no país, o número de mortos é de pouco mais de mil, enquanto na vizinha Espanha passa de 25 mil. Com muitos idosos e poucos leitos de UTI, Portugal apostou no distanciamento social precoce — determinado quando o país tinha apenas dois mortos por Covid-19 — e nos testes em massa.
Portugal, que tem uma política de combate ao novo coronavírus vista como exemplo, terá um processo de transição em três fases, até junho. A partir desta segunda (4), os portugueses já podem sair de casa para fazer compras e ir ao cabelereiro.
O uso de máscaras é obrigatório no transporte público, nas lojas e escolas. Quem descumprir a regra pode receber uma multa de mais de R$ 2 mil.
“Estar no cabeleireiro de máscara e luva foi a primeira vez. Mas é o início. É o início de uma fase”, diz Marina Ferreira, cliente.
A evolução do desconfinamento vai ser avaliada a cada 15 dias. O primeiro-ministro António Costa já disse que esse processo gradual apresenta riscos e garantiu que o governo pode suspender o plano a qualquer momento.
“Nunca terei vergonha ou qualquer rebuço de dar um passo atrás se isso for necessário para garantir esse bem essencial que é a segurança dos portugueses”, destaca António Costa.
O governo não adotou o confinamento obrigatório, o chamado lockdown. Mas a adesão firme da população às recomendações de distanciamento social é tida como um dos motivos do sucesso no combate à doença.
Logo no início da pandemia, muitas empresas adotaram o trabalho de casa e o país fechou as escolas e a fronteira com a Espanha.
Portugal registrou 20 mil casos de Covid-19 e mil mortes.
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