Caminhoneiros do país estão em greve e 40% dos postos não têm combustível, de acordo com jornal local. O aeroporto de Lisboa parou de receber combustível nesta quarta (17), segundo agência.
LEIA TAMBÉM: Governo ordena que caminhoneiros encerrem greve devido a desabastecimento de aeroportos
LEIA TAMBÉM: Portugal enfrenta onda de greves de funcionários públicos
LEIA TAMBÉM: Coletes amarelos chegam com baixa adesão a Portugal e movimento fracassa
O governo de Portugal declarou, nesta terça (16), situação de alerta por conta da crise energética no país — provocada pela greve de transportadoras que começou na segunda-feira. A medida permite ao governo mobilizar militares e forças de segurança para garantir o abastecimento. Segundo o jornal local “Público”, 40% dos postos estão sem combustível.
A declaração de alerta também obriga os motoristas de veículos pesados a ajudarem com o transporte de combustíveis, se forem solicitados pelas autoridades, e dá prioridade às forças de emergência e segurança na hora de reabastecer.
A greve, que começou na segunda e se prolongará por tempo indeterminado, de acordo com a EFE, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Transportadoras de Mercadorias Perigosas. O sindicato exige a criação de uma categoria profissional específica para estes trabalhadores. De acordo com o “Público”, todos os 800 motoristas do setor aderiram à paralisação.
Antes das medidas excepcionais, o governo português já havia aprovado, em conselho de ministros, a chamada “requisição civil” — um instrumento legal que permite “blindar” operações mínimas para garantir o funcionamento dos serviços essenciais.
Esse recurso só havia sido usado uma vez em cerca de três anos e meio do governo socialista de António Costa, durante uma greve de enfermeiros. A justificativa, alegou o governo, era que os serviços mínimos decretados antes da greve não estavam sendo cumpridos. Milhares de veículos fizeram fila nos postos de gasolina de Lisboa que ainda têm combustível.
Segundo o “Público”, os “representantes dos motoristas e dos empregadores” começaram, na tarde de quarta (17), “a discutir com o Governo o alargamento dos serviços mínimos a todo o país”.
Aeroportos sem combustível
A greve das transportadoras está causando impacto especialmente nos aeroportos, entre eles o de Lisboa, que deixou de receber combustível no meio-dia desta quarta (17). O aeroporto de Faro, no sul do país, está utilizando as reservas de emergência desde a manhã de quarta.
A administração aeroportuária ANA admitiu que a situação poderia afetar as operações aéreas e, segundo meios de comunicação locais, vários aviões tiveram que realizar paradas em aeroportos espanhóis para reabastecer.
“Nos dois aeroportos, onde o fornecimento de combustível não foi garantido, atingimos níveis críticos de reservas de combustível para o reabastecimento de aeronaves”, disse o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, de acordo com a Reuters.
No final da tarde de terça (16), diz a EFE, um grupo de caminhões-pipa com combustível escoltado pelas autoridades saiu das instalações da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, a cerca de 60km de Lisboa, em direção ao aeroporto da capital.
VIDA PT: Quais são as diferenças entre o português do Brasil e Portugal?
VIDA PT: Regras para votar, justificar ou transferir seu título para as próximas eleições