Salário médio em Portugal aumenta 2% e atinge 922 euros

Por Hugo Neutel.

Pela primeira vez logo após um aumento no salário mínimo, caiu a proporção de trabalhadores que recebem esse vencimento. São 757 mil pessoas que representam 22,3% da força de trabalho no país.

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Foto: Ralph Orlowski/Reuters

É a primeira vez, nas contas do ministério do trabalho, que depois de um aumento do salário mínimo, que cai o número de trabalhadores que recebem esse valor no fim do mês.

Os dados do relatório de acompanhamento do acordo para o aumento da retribuição mensal mínima, mostram que no segundo trimestre deste ano, o número de pessoas que recebem os 580 euros por mês caiu 0,2 pontos percentuais em relação ao período anterior, atingindo agora 22,1% dos empregados – são 757 mil funcionários.

Entre os mais jovens, até os 25 anos, a incidência do salário mínimo baixou de 28,9% para 28,2%. Entre os 25 e os 29 anos a proporção caiu de 23 para 22,6%, e nos trabalhadores com 30 anos ou mais, a queda foi mais ligeira: baixou de 21,6% em junho de 2017 para 21,5% no mesmo mês deste ano.

Em termos globais, a remuneração base declarada à Segurança Social alcançou uma média de 922,33 euros em junho, com um aumento nominal de 2,0% (o mais elevado desde 2012) que se traduziu num acréscimo de 0,9% do poder médio de compra.

O aumento dos salários atingiu 4,3% entre quem se manteve empregado entre 2017 e 2018, e alcançou 8,6% no caso dos trabalhadores que mudaram de emprego.

Entre quem permaneceu no mesmo posto de trabalho houve subidas em todos os escalões, mas foram os salários mais baixos os que mais aumentaram: acréscimos ligeiramente inferiores a 6% para quem ganha até 600 euros, 4% entre 600 e 1.200 euros, 3% nos escalões entre 1.200 euros e 2.500 euros e abaixo dos 2% no escalão acima dos 2.500 euros.

Já os salários fixados na contratação coletiva registaram um crescimento de 3,4% no 3º trimestre de 2018, no nível mais elevado desde 2009. Os setores da construção e da saúde e apoio social destacaram-se com aumentos superiores a 4,5%.

Mais de metade (51%) das convenções coletivas com alteração de tabela salarial publicadas entre o 1º e o 3º trimestre de 2018 fixaram o nível mais baixo de remuneração acima do salário mínimo, beneficiando 41% dos trabalhadores abrangidos.

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