Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n
O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n
Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n
O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n O m\u00e9dico carioca, que atua no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos, diz que, nos piores dias, houve falta de insumos no hospital, algo que s\u00f3 havia visto no Brasil. \"N\u00e3o tinha mais rampa de oxig\u00eanio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urg\u00eancia. Era um cen\u00e1rio de guerra\", afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n \"Eram pacientes graves, com baixa oxigena\u00e7\u00e3o no sangue. E a maioria deles idosos, muitos com doen\u00e7as associadas. Portugal \u00e9 um barril de p\u00f3lvora [para a Covid-19], um pa\u00eds de idosos e fumantes.\"<\/p>\n\n\n\n O m\u00e9dico carioca, que atua no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos, diz que, nos piores dias, houve falta de insumos no hospital, algo que s\u00f3 havia visto no Brasil. \"N\u00e3o tinha mais rampa de oxig\u00eanio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urg\u00eancia. Era um cen\u00e1rio de guerra\", afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n \"E quando entr\u00e1vamos, era um desespero, porque s\u00f3 tinha gente com pulseira laranja. T\u00ednhamos pacientes com essa classifica\u00e7\u00e3o esperando 6, 7 horas. Eram tantos laranjas que o sistema colapsou, a gente n\u00e3o tinha nem como atender os amarelos\", conta.<\/p>\n\n\n\n \"Eram pacientes graves, com baixa oxigena\u00e7\u00e3o no sangue. E a maioria deles idosos, muitos com doen\u00e7as associadas. Portugal \u00e9 um barril de p\u00f3lvora [para a Covid-19], um pa\u00eds de idosos e fumantes.\"<\/p>\n\n\n\n O m\u00e9dico carioca, que atua no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos, diz que, nos piores dias, houve falta de insumos no hospital, algo que s\u00f3 havia visto no Brasil. \"N\u00e3o tinha mais rampa de oxig\u00eanio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urg\u00eancia. Era um cen\u00e1rio de guerra\", afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n \"E quando entr\u00e1vamos, era um desespero, porque s\u00f3 tinha gente com pulseira laranja. T\u00ednhamos pacientes com essa classifica\u00e7\u00e3o esperando 6, 7 horas. Eram tantos laranjas que o sistema colapsou, a gente n\u00e3o tinha nem como atender os amarelos\", conta.<\/p>\n\n\n\n \"Eram pacientes graves, com baixa oxigena\u00e7\u00e3o no sangue. E a maioria deles idosos, muitos com doen\u00e7as associadas. Portugal \u00e9 um barril de p\u00f3lvora [para a Covid-19], um pa\u00eds de idosos e fumantes.\"<\/p>\n\n\n\n O m\u00e9dico carioca, que atua no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos, diz que, nos piores dias, houve falta de insumos no hospital, algo que s\u00f3 havia visto no Brasil. \"N\u00e3o tinha mais rampa de oxig\u00eanio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urg\u00eancia. Era um cen\u00e1rio de guerra\", afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n Ele explica que o sistema de sa\u00fade portugu\u00eas utiliza pulseiras com cores para identificar a gravidade do quadro de quem chega ao servi\u00e7o de emerg\u00eancia \u2014 o Protocolo de Manchester. De acordo com a escala, quem recebe a pulseira amarela (urgente) deve ser atendido em at\u00e9 50 minutos, enquanto aqueles com a cor laranja (muito urgente) podem esperar no m\u00e1ximo 10 minutos \u2014 os vermelhos (emerg\u00eancia) s\u00e3o atendidos de imediato. As pulseiras verdes e azuis s\u00e3o dadas a casos menos graves.<\/p>\n\n\n\n \"E quando entr\u00e1vamos, era um desespero, porque s\u00f3 tinha gente com pulseira laranja. T\u00ednhamos pacientes com essa classifica\u00e7\u00e3o esperando 6, 7 horas. Eram tantos laranjas que o sistema colapsou, a gente n\u00e3o tinha nem como atender os amarelos\", conta.<\/p>\n\n\n\n \"Eram pacientes graves, com baixa oxigena\u00e7\u00e3o no sangue. E a maioria deles idosos, muitos com doen\u00e7as associadas. Portugal \u00e9 um barril de p\u00f3lvora [para a Covid-19], um pa\u00eds de idosos e fumantes.\"<\/p>\n\n\n\n O m\u00e9dico carioca, que atua no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos, diz que, nos piores dias, houve falta de insumos no hospital, algo que s\u00f3 havia visto no Brasil. \"N\u00e3o tinha mais rampa de oxig\u00eanio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urg\u00eancia. Era um cen\u00e1rio de guerra\", afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.<\/p>\n\n\n\n A m\u00e9dica ga\u00facha Nair Amaral, de 52 anos, relata um cen\u00e1rio semelhante. \"H\u00e1 um esgotamento da capacidade f\u00edsica do hospital e da capacidade humana, chegamos a um limite de n\u00e3o ter mais macas, precisar\u00edamos de mais m\u00e9dicos, mais enfermeiros\", conta ela, que tamb\u00e9m trabalha no pa\u00eds h\u00e1 tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n \"A dire\u00e7\u00e3o do hospital foi abrindo cada vez mais espa\u00e7o para a \u00e1rea Covid. \u00c9 um monstro que vai crescendo dentro do hospital. Quando sa\u00ed ontem, estavam derrubando mais paredes \u2014 voc\u00ea sai e, quando volta, a urg\u00eancia est\u00e1 maior\", diz.<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o \u00faltimo domingo (7), Portugal havia registrado 14.158 mortos pela doen\u00e7a, e um total de 765.414 casos desde o in\u00edcio da pandemia. Cerca de 40% das mortes (5.576) aconteceram no m\u00eas de janeiro, quando uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores levou \u00e0 explos\u00e3o de casos no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n Depois de ser visto como exemplo no combate \u00e0 doen\u00e7a na primeira onda, no in\u00edcio de 2020, Portugal viu os casos de infec\u00e7\u00e3o pelo novo coronav\u00edrus come\u00e7arem a subir em ritmo mais acelerado a partir do fim de setembro. O pa\u00eds registrou mais de mil infec\u00e7\u00f5es di\u00e1rias pela primeira vez em outubro e, diante do crescimento de casos, passou a impor medidas mais duras \u2014 como o confinamento obrigat\u00f3rio a partir das 13h aos finais de semana \u2014 no in\u00edcio de novembro.<\/p>\n\n\n\n Com o n\u00famero de novas infec\u00e7\u00f5es em desacelera\u00e7\u00e3o em dezembro, o governo decidiu flexibilizar as medidas durante o per\u00edodo de Natal. No feriado, os portugueses puderam se reunir com os seus familiares e viajar pelo pa\u00eds sem limites de hor\u00e1rios ou ao n\u00famero de pessoas nas celebra\u00e7\u00f5es - durante o Ano-Novo, por\u00e9m, as restri\u00e7\u00f5es voltaram.<\/p>\n\n\n\n De acordo com especialistas, foi esse relaxamento, aliado \u00e0 chegada da variante brit\u00e2nica do v\u00edrus \u00e0 Portugal (apontada como mais contagiosa), o respons\u00e1vel pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro \u2014 o pa\u00eds entrou novamente em lockdown no \u00faltimo dia 15.<\/p>\n\n\n\n Para Amaral, h\u00e1 ainda um terceiro fator que explica o agravamento da crise: a fragilidade dos doentes. \"As pessoas est\u00e3o h\u00e1 quase um ano sem acompanhamento habitual de sa\u00fade, fazendo apenas teleconsultas, com doen\u00e7as negligenciadas\", afirma. \"N\u00f3s passamos a atender mais doentes sem possibilidade terap\u00eautica, doentes que chegam com um grau t\u00e3o avan\u00e7ado da doen\u00e7a que n\u00e3o h\u00e1 mais escolha.\"<\/p>\n\n\n\n Ela ressalta, no entanto, que as mortes n\u00e3o foram causadas por falta de recursos ou assist\u00eancia nos hospitais. \"Os leitos de terapia intensiva se esgotaram, mas a terapia intensiva entrou na urg\u00eancia. Come\u00e7amos a prescrever medicamentos que o paciente s\u00f3 receberia internado, na urg\u00eancia \u2014 ele est\u00e1 recebendo, mas n\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es em que deveria. \u00c9 o que acontece nas situa\u00e7\u00f5es de cat\u00e1strofe.\"<\/p>\n\n\n\n O n\u00famero de novos casos no pa\u00eds come\u00e7ou a desacelerar no in\u00edcio de fevereiro, mas a m\u00e9dia m\u00f3vel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6), de 7.270 casos. A proje\u00e7\u00e3o do governo \u00e9 que o confinamento mais r\u00edgido dure ao menos at\u00e9 mar\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n<\/a><\/figure>\n\n\n\n
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