Por Dino.
Mesmo com os índices de emprego melhorando no Brasil, ainda há muita gente querendo deixar o país. De 2013 para 2017, o número de declarações de saída definitiva do país entregues à Receita Federal mais que dobrou, atingindo 21.200 pessoas.
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Trata-se de um público escolarizado e de alta renda – 94% dos brasileiros que se mudaram para os Estados Unidos nos últimos anos têm ensino superior completo, segundo levantamento de uma empresa de consultoria. Portugal é o segundo país mais procurado por brasileiros atualmente, porém, não conseguia atender às demandas mais simples de moradia desse público. Segundo um especialista em investimento imobiliário internacional, esse cenário mudou e as cinco principais novidades são:
– Novos bairros
Até alguns anos atrás, ao caminhar por Lisboa, tudo o que se via eram prédios centenários em ruas pequenas. Com o mercado imobiliário aquecido, vêm surgindo novos bairros, com arquitetura contemporânea, condomínios grandes, avenidas largas, áreas abertas que preservam o contato da cidade com a natureza. “Os bairros antigos têm seu charme e apelo histórico, o que atrai muitos turistas, mas os estrangeiros que vêm morar em Portugal estão acostumados com áreas mais modernas”, afirma.
– Prédios modernos
Mesmo passando por retrofit, a maioria dos prédios de Lisboa não tem garagem, elevador ou área de lazer. Mas agora começam a ser construídos empreendimentos novos, alguns luxuosos, com apartamentos de alto padrão, varandas espaçosas, entre outros. Um deles é o Martinhal Residences, um projeto de sofisticados apartamentos urbanos para famílias, com previsão de ficar pronto em 2020, no bairro Parque das Nações. “Com uma linda vista para o rio Tejo, este residencial foi projetado para integrar a natureza até nas fachadas”, explica César Damião, da Global Trust.
– Condomínios com infraestrutura
Com uma média de 12 apartamentos, os edifícios de Lisboa não costumam oferecer nenhum serviço – nem mesmo equipe de portaria. Já entre as opções mais novas do mercado, piscinas, academia e parques infantis fazem parte do pacote – exatamente o perfil de condomínio que o brasileiro busca ao morar em Portugal. No Martinhal Residences, por exemplo, além de toda esta infraestrutura, um dos pontos fortes do empreendimento são os serviços. O empreendimento, que também terá um apart hotel para executivos, vai dispor de concierge familiar, com monitores para cuidar das crianças enquanto os pais estão em outra atividade e também serviços de limpeza, lavanderia, manutenção, suporte técnico de TI e Wi-Fi. “Não há nada neste padrão em Lisboa hoje”, comenta.
– Luxo
O mercado de luxo de Lisboa nunca esteve tão em alta como agora. Na Christie´s International Real Estate, o braço imobiliário de luxo da famosa casa de leilões britânica, Portugal está entre os oito países que mais vendem imóveis de alto padrão. A Gallieta Trust, incorporadora do grupo Global Trust, por exemplo, tem em seu portfólio o projeto para execução de uma casa de luxo no Monte Estoril, com 760 m2, 5 suítes, piscina, sauna, academia e elevador. “Para quem não abre mão de certo conforto, Portugal começa a dispor de opções realmente interessantes”, diz César Damião.
– Escolas Internacionais
Até 2014, a economia portuguesa passava por uma crise financeira e sua população mais jovem, de 0 a 15 anos, estava diminuindo. De lá para cá, o país voltou a crescer e o governo português adotou uma política pró-imigrantes que vem conseguindo atrair profissionais de alta renda e famílias com filhos pequenos. Com isso, aumenta a oferta de escolas internacionais: a United International School, por exemplo, está sendo construída pelo The Elegant Group no Parque das Nações e deve ficar pronta em 2020. “A demanda por vagas em escolas internacionais vem crescendo e algumas já estão em expansão. A expectativa para a United International School é que 30% das vagas sejam preenchidas por brasileiros”, completa o sócio da Global Trust.
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