Sete passeios imperdíveis no Norte de Portugal

Bragança, Porto e Vila Nova de Gaia são alguns dos locais imperdíveis para quem está pensando em visitar a região norte da terrinha.

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Desde o início de junho, a companhia aérea Azul opera três voos semanais ligando o aeroporto de Viracopos, em Campinas, com o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Para aproveitar as belezas do Norte de Portugal , o diretor-executivo da Associação de Turismo do Porto e Norte, Rui Pedro Gonçalves, indica sete passeios imperdíveis para quem quiser explorar a região.

Adega do Alfredo Portista. “Após um passeio pela cidade do Porto, sugiro comer um bacalhau frito acompanhado de um vinho diretamente tirado da pipa na Adega do Alfredo Portista. Entrar neste endereço é como voltar ao Porto de antigamente. Inaugurado há mais de 60 anos pelo Alfredo, atualmente, o local é gerido pelo filho, Paulo. As paredes de azulejos azuis e brancos, típicos de Portugal, são revestidas com posters do F.C. Porto. Ali, torcedores dos “dragões” se reúnem para assistir aos jogos de futebol em uma televisão, enquanto comem iguarias típicas da região, como as tripas enfarinhadas”.

Adega do Alfredo Portista. (Foto: Divulgação)

Capela do Senhor da Pedra. Do outro lado do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, na praia de Miramar, fica a capela do Senhor da Pedra, posicionada em cima de um rochedo sobre as ondas. A edificação do século XVII, com influência rococó, guarda um púlpito de madeira e a imagem de Cristo crucificado. Além de ser a igreja mais antiga da região, dizem que é a única no mundo que tem as costas viradas para o mar. Na saída, a sugestão é se sentar com calma no restaurante Zizi e deliciar-se com os filés de peixe acompanhados de salada russa.

Capela do Senhor da Pedra. (Foto: Divulgação)

Casa da Arquitectura. A cerca de dez quilômetros da cidade do Porto, Matosinhos tem como um dos grandes atrativos a Casa da Arquitectura. Desde 2017, o espaço funciona numa antiga instalação fabril datada do início do século XX e que pertencia à Real Vinícola. O espaço tem relevância histórica e é intimamente ligado ao comércio de vinho, que saía do local em comboios, diretamente para o Porto de Leixões, de onde seguia para outras localidades. Desta época, ainda é possível encontrar o painel de azulejos ao lado da porta de entrada. A casa conta com auditório, biblioteca e espaço para exposições a apresentações variadas. Recomendo apreciar as peças do arquiteto português Siza Vieira. Na saída, a sugestão é almoçar um robalo ou um peixe-galo na brasa, no restaurante Marisqueira dos Pobres.

Casa da Arquitectura. (Foto: Divulgação)

Mosteiro de Tibães e Santuário de Nossa Senhora do Sameiro. Localizada no coração do Minho, a cidade de Braga fica a meia hora ao norte do Porto. Recomendo uma visita ao Mosteiro de Tibães, fundado no século XI. Ricamente ornado em ouro, o espaço abriga também um museu de arte sacra. Já o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro é o segundo maior centro de devoção mariana em Portugal. A igreja fica no ponto mais alto de Braga, de onde se tem uma linda vista panorâmica para toda a cidade. Para petiscar, sugiro as tradicionais pataniscas de bacalhau, na Taberna do Lebre. O cabrito assado na Tia Isabel também é imperdível para quem preferir um almoço mais farto.

Mosteiro de Tibães e Santuário de Nossa Senhora do Sameiro. (Foto: Divulgação)

Museu de Amadeo Souza-Cardoso. Em Amarante, terra de Carmem Miranda, caminhar pelas ruas do centro histórico equivale a uma viagem ao tempo. No Museu de Amadeo Souza-Cardoso, que se encontra instalado em um antigo convento dominicano, é possível apreciar a construção que teve início no século XVI e terminou no século XIX, misturando diversos traços da arquitetura portuguesa ao longo desse período. Recomendo uma parada no restaurante Podre Tolo, especializado em carnes. Depois, a sugestão é seguir para o Peso da Régua para admirar a vista deslumbrante do Miradouro de São Leonardo. Quem estiver na região de 14 a 16 de agosto, poderá também acompanhar as festas em homenagem a Nossa Senhora do Socorro. Além das procissões, realizadas aos arredores da igreja do Peso, os barcos tocam buzinas durante a passagem da imagem e vários bailes acontecem até de madrugada. Uma tradicional queima de fogos no rio Douro é um dos pontos altos da celebração.

Museu de Amadeo Souza-Cardoso. (Foto: Divulgação)

Gimonde. Em Bragança, capital histórica de Trás-os-Montes, a visita à aldeia medieval Gimonde, que fica na encosta da Serra de Montesinho, é uma verdadeira viagem ao passado, época em que celtas e romanos disputavam o controle da região. As casas de xisto, que resistem ao longo dos séculos, e a charmosa ponte romana, conhecida também como ponte velha, são pontos interessantes para fazer fotos. Para os fãs de pratos típicos portugueses, a região é excelente para quem quer conhecer a culinária tradicional das montanhas. Em várias lojas, é possível comprar mel proveniente do parque de Montesinho, que carrega bem a cor escura e o sabor típico dos castanheiros. E para conhecer melhor o sabor das montanhas, gosto muito do restaurante Abel, que serve carnes de animais criados na região, grelhadas na brasa e temperadas com ervas aromáticas locais. Até os vinhos servidos são todos de vinícolas transmontanas.

Ponte de Gimonde ao fundo. (Foto: Divulgação)

Miranda do Douro. O centro histórico da cidade tem construções do século XV e até um portal no estilo gótico. Entre as curiosidades da região estão as placas escritas no antigo idioma mirandês, herança de uma época em que a região se isolou do resto de Portugal. Na Sé, o famoso Menino Jesus da Cartolinha tem um guarda-roupa próprio e recebe visitas de muitos fiéis. Sugiro também escolher um dos muitos restaurantes da região para provar a famosa posta à mirandesa, que é um bife bem alto preparado na grelha com sal grosso. Para quem quiser se aventurar um pouco mais pelo Douro, há diversos passeios de barco com duração de uma hora e meia com explicações sobre a fauna e floral local.

Miranda do Douro. (Foto: Divulgação)

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