Dezenas de milhares de trabalhadores sazonais, imigrantes ou sem documentos foram atingidos duramente pelo surto do coronavírus em Portugal, e não conseguem ser amparados pela rede de segurança social do governo.
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Fátima, de 57 anos, estava no meio de um curso para desempregados de longa data em um centro de empregos de Lisboa, ganhando cerca de 10 euros por dia com a venda de joias e bugigangas em barracas de rua e centros comunitários para pagar as contas, quando a pandemia de coronavírus chegou.
“Estou tão envergonhada de estar aqui”, disse ela à Reuters ao receber sua refeição diária na Comunidade Vida e Paz, uma organização que oferece alimento para os necessitados todas as noites.
“Sem esta pandemia, eu jamais teria pensado nisso. Mas não estou ganhando um centavo.”
Como dezenas de milhares de trabalhadores sazonais, imigrantes ou sem documentos atingidos duramente pelo surto em Portugal, Fátima não está sendo amparada pela rede de segurança social do governo.
Eles não têm os contratos e recibos necessários para pedir seguro.
Embora o desemprego tenha aumentado 9% em março, o gasto com seguro-desemprego diminuiu 7,1 milhões de euros em março de 2019 e os pedidos de seguro-desemprego caíram 2,4%, indicando que as pessoas estão ficando de fora do sistema.
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