Coletes amarelos fazem protestos de Norte a Sul de Portugal

Por JN.

Três pessoas detidas em Lisboa, oito manifestantes identificados no Porto, trânsito complicado, aglomerações, faixas e muitos panfletos, nesta sexta-feira de protestos dos coletes amarelos espalhados por quase todo o país.

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Nesse dia de protesto dos coletes amarelos por todo o país, fique sabendo de tudo o que se sabe até ao momento nas principais cidades de Portugal.

AVEIRO

Por volta das 09:00, a Estrada Nacional 109, junto ao ponto de acesso à Autoestrada 25, foi interrompida momentaneamente por cerca de 40 manifestantes. A PSP conseguiu desbloquear a estrada, mas os “coletes amarelos” voltaram minutos depois a fazer duas novas paralisações.

Os participantes, que cantaram o hino, empunharam cartazes com inscrições como “não tem perigo, o povo é sereno, o povo autoriza” e reivindicações: aumento do salário mínimo em 100 euros, redução dos impostos e “democracia pura”.

BRAGA

O protesto mais significativo está ocorrendo em Braga, onde todas as entradas ao norte da cidade, na rotunda das Ínfias, estão bloqueadas por mais de 50 “coletes amarelos” desde as 06:00, tendo-se registado já algumas conflitos com motoristas que tentavam passar, mas sem gravidade. Segundo constatou a agência Lusa no local, mais de 50 coletes amarelos deram pontapés e atiraram garrafas nos carros que tentaram furar o bloqueio.

Por volta das 10:00, a PSP ordenou que fossem retirados os carros e camiões que estavam a bloquear o acesso à cidade. A desmobilização começou de forma pacífica, mas quando chegou o momento de retirar o último caminhão, que não pertencia ao grupo de manifestantes, os ânimos se exaltaram com uma discussão.

De acordo com a PSP, “o único bloqueio autorizado fica no Nó de Infias – Braga, devidamente validado pelas autoridades”. Em mais nenhum outro local serão permitidos bloqueios nas estradas. A PSP continua a apelar ao respeito às regras de todos os portugueses”, diz ainda a mensagem.

COIMBRA

Cerca de 20 pessoas estavam concentradas na rotunda da Casa do Sal, sem provocar paralisações de trânsito.

FARO

No centro de Faro, por volta das 11h30, um grupo de aproximadamente 100 pessoas tentaram repetidamente ocupar as passadeiras de peões, o que causou pequenos atrasos no acesso à capital algarvia.

Os manifestantes começaram, lentamente, a chegar a uma das principais rotundas de acesso à cidade, na Estrada Nacional (EN) 125, cerca das 07:00 e uma hora depois contava-se em torno de 50 pessoas no local, número que depois duplicou ao longo da manhã, porém sem causar incidentes.

GUARDA

Por volta das 09:00, o número de manifestantes era de 16, sem haver registo de problemas no trânsito.

LEIRIA

Pelas 09:00, os participantes concentraram-se na rotunda da Almoínha Grande, onde o fluxo de trânsito ficou reduzido com a interrupção das ligações ao Itinerário Complementar (IC) 2. O acesso pelo IC2 foi reaberto ao trânsito por volta das 12:00.

Na rotunda da Almoínha Grande mantêm-se algumas dezenas de manifestantes que vão organizando a circulação dos carros.

LISBOA

A PSP deteve três pessoas na região do Marquês de Pombal que faziam parte do protesto dos “coletes amarelos”.

O trânsito está bem complicado no Marquês de Pombal e é grande a tensão entre polícia e os manifestantes. Perto das 10:00, a polícia fez um cerco e obrigou os participantes que se reuniram na rotunda, a irem para o passeio lateral da Avenida da Liberdade, diante de alguns gritos de protesto, mas sem registo de incidentes. O grupo se sentou no chão, enquanto das caixas de som se ouviu o hino francês. Cerca das 10:30, quando o cordão policial foi furado, viveram-se novos momentos de tensão. Os manifestantes pretendem iniciar a partir daquela zona uma marcha em direção à Assembleia da República.

Entretanto, o trânsito no anel interior da rotunda do Marquês foi reaberto temporariamente, mas voltou a ser fechado. Concentrado no início da Avenida da Liberdade desde as 10:00, o grupo já se fragmentou, com algumas pessoas a desistirem e a abandonarem a caixa de segurança.

Nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama e as portagens de Alverca da Autoestrada do Norte (A1), importantes pontos de acesso a Lisboa, a circulação tem estado a fazer-se sem impacto do protesto ou mesmo de uma forma mais rápida do que o habitual num dia útil de manhã.

No entanto, de referir que pelas 08:15, a A8 contava com três quilómetros de fila a chegar às portagens de Loures.

Por volta das 07:25, o porta-voz da Direção Nacional da PSP, Alexandre Coimbra, dava conta que cerca de uma dezena de camiões circulava em marcha lenta no Itinerário Complementar 17 (IC17/CRIL), no sentido Loures – Algés, junto ao centro comercial Strada.

PORTO

Um grupo de lesados do antigo Banco Espírito Santo (BES) juntou-se ao protesto dos “coletes amarelos” no Porto, antecipando a manifestação agendada para sábado, em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A polícia identificou de manhã oito manifestantes do protesto, junto à rotunda do Nó de Francos, no acesso à cidade do Porto. Os manifestantes foram identificados por “apresentarem tarjas ofensivas e demonstrarem uma postura agressiva”. Um destes elementos, foi levado para a esquadra, para verificação, por vestir um colete à prova de bala.

Até às 07:30, mais de 100 manifestantes chegaram à rotunda do Nó de Francos, no acesso à cidade, onde estão a ser distribuídos panfletos aos condutores, alguns dos quais reclamam por terem de abrandar. Um condutor afetado pelo bloqueio saiu da viatura para agredir um manifestante, tendo-se gerado alguma confusão no local, que exigiu a intervenção da polícia. Por volta das 10:45 começaram a desmobilizar daquele local, dirigindo-se a pé em direção à rotunda da Boavista.

Uma das estratégias dos coletes amarelos no Porto é a de atravessar constantemente as passadeiras, fazendo aumentar os abrandamentos.

VISEU

Na zona do Rossio, cerca de quatro dezenas de manifestantes estavam de manhã a condicionar o trânsito enquanto atravessam continuamente as passadeiras.

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