O Sindicato de Jogadores de Futebol de Portugal (SJPF) classificou como “oportunista” a prática de licenciar jogadores durante a interrupção causada pelo novo coronavírus e exortou os clubes a encontrarem suas próprias soluções para a crise.
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O futebol português está suspenso desde 12 de março, e o Belenenses SAD se tornou o primeiro time de elite a anunciar licenças quando disse, na segunda-feira, que “dispensará parcialmente” seus empregados por tempo indeterminado.
Joaquim Evangelista, presidente do SJPF, disse ao Diário de Notícias que acredita que um grupo de times da segunda divisão seguirá o exemplo.
Mas o SJPF disse em um comunicado que tais medidas ignoram negociações com a liga e passam uma imagem ruim ao público.
“O SJPF esteve envolvido em um diálogo permanente com a liga nas últimas semanas para encontrar uma solução de meio-termo que salvaguarde os direitos dos jogadores e garanta a sustentabilidade financeira da atividade”, disse a entidade um comunicado.
“Infelizmente, alguns clubes, organizados fora destas negociações, decidiram unilateralmente ir direto para as licenças”.
Ao fazer isso, disse o sindicato, os times “passaram à sociedade portuguesa a mensagem de que, em tempos de crise, não são capazes de resolver os problemas que os afetam”.
O governo concordou em ajudar a pagar os salários dos empregados que estão de licença ou com carga horária reduzida, e o Belenenses disse que aproveitará o esquema.
Mas o SJPF disse se tratar de “uma atitude oportunista da parte dos clubes de futebol se colocarem nesta situação” e que não deveriam estar usando fundos do governo.
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