Dos cerca de 6,5 mil brasileiros que estão no exterior e não conseguem voltar ao país (devido às medidas restritivas adotadas para evitar a expansão da pandemia do novo coronavírus, como o fechamento das fronteiras), 2.706 estão em 17 países da Europa, região do mundo que concentra a maior parte dessas pessoas que aguardam o retorno ao Brasil. E Portugal é o país com a maioria: 1.541.
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A tendência, no entanto, é de queda desse volume de pessoas, em razão do aumento dos voos que têm partido, sobretudo, de Portugal, Itália, Reino Unido e Espanha.
Até as 18h do último sábado, havia 6.469 brasileiros no exterior, em 88 países, sem conseguir voltar para o Brasil. Os números fazem parte de um relatório elaborado pelo grupo de acompanhamento criado pelo governo, ao qual o EXTRA teve acesso. Os autores do documento alertam que a situação dessas pessoas é crítica e, em alguns casos, pode se tornar insustentável. Desde o início da crise, em fevereiro, foram repatriados 11.500 brasileiros.
Em Portugal, país que concentra o maior número de brasileiros que aguarda o repatriamento, os casos mais graves estão se tornando “insustentáveis”, mesmo com as iniciativas de acolhimento. Também é crítica a situação de passageiros e tripulantes de cruzeiros na Itália.
O gabinete de crise contabilizou, no último sábado, 1.642 brasileiros em 14 países da Ásia e do Pacífico. Na Austrália, por exemplo, havia 711 pessoas com dificuldade de deixar o país. Na Índia, existiam 281 cidadãos do Brasil; na Nova Zelândia, 187; e na Indonésia, 132.
Até sábado passado, havia 1.105 brasileiros na América do Sul com dificuldades de toda sorte para retornar ao Brasil. A Argentina apresenta um elevado número, maioria de turistas, que não conseguiam voltar devido às restrições de trânsito. Também se destacam Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela. Crescem as demandas por auxílios financeiros para hospedagem, transporte e manutenção de turistas que se declaram desvalidos na Argentina, particularmente.
Na África, há 516 viajantes brasileiros localizados, em sua maior parte, na África do Sul, no Egito, em Angola e Moçambique. Já no Oriente Médio, foram identificados 253 brasileiros, dos quais 94 estão retidos nos Emirados Árabes Unidos.
Na América do Norte, há 247 cidadãos do Brasil, sendo o país mais problemático o México, onde 35 brasileiros sofrem “desgaste físico, mental e financeiro”. No México, as fronteiras estão abertas, mas os voos comerciais para o Brasil estão totalmente suspensos.
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